Em 2022, o Brasil registrou 612,9 mil notificações de acidentes de trabalho, reforçando a importância do uso de EPIs e, principalmente, da sinalização em áreas de perigo. No mesmo ano, foram mais de 148 mil concessões de benefícios previdenciários para pessoas acidentadas e outros 6,5 mil para aposentadoria por invalidez.
A alta nos números reflete uma preocupação constante dentro e fora das organizações: o gerenciamento de riscos. Essencial para preservar a saúde e a integridade física dos colaboradores, a adoção de um sistema eficaz que permita identificar os riscos de forma segura e prática ajuda a reduzir as ocorrências de acidentes de trabalho.
Além disso, esse cuidado com a vida dos colaboradores garante, ainda, a adequação às leis e regulamentações, evitando multas decorrentes de fiscalizações. Mas, nada de sair por aí colocando placas, luzes de emergência ou faixas coloridas aleatoriamente: é importante seguir os padrões da NR 26.
O que diz a NR 26?
Com o objetivo de alertar para a necessidade da sinalização em áreas de perigo, a NR 26 determina as cores que devem ser utilizadas em equipamentos de segurança, delimitações de áreas e canalizações de gases e líquidos.
Mas muito mais do que os símbolos já tradicionais, a sinalização de segurança consiste na utilização de diversos elementos de comunicação visual, com o objetivo de informar e auxiliar na identificação de áreas de perigo e medidas de segurança.
Isto é, placas, cores, sinais sonoros, faixas, entre outros. A solução é ideal e necessária especialmente em locais onde há circulação de pessoas, como em fábricas, escritórios, hospitais e assim por diante.
A norma prevê, ainda, que as sinalizações devem seguir um padrão de cores, de acordo com a necessidade e tipo de atividade desempenhada. São elas:
- Vermelho é utilizado para identificar elementos relacionados ao combate a incêndios;
- Amarelo visa alertar sobre situações e locais de risco, indicando a necessidade de tomar cuidado;
- Branco representa faixas e locais onde há trânsito de pessoas, indicando o sentido de circulação, presença de passarelas e zonas de segurança;
- Preto se refere à identificação de combustíveis de alta viscosidade;
- Laranja indica possíveis ameaças, com foco principalmente em partes móveis de máquinas e equipamentos, canalizações de ácidos, parte interna de caixas protetoras de dispositivos elétricos;
- Verde é a cor da segurança e amplamente utilizado em caixas de EPIs e primeiros socorros, placas, dentre outros;
- Púrpura indica riscos relacionados à radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares.
O que levar em consideração na hora de adotar a sinalização em áreas de perigo?
Antes de mais nada, é importante entender como funciona a sinalização em áreas de perigo. Uma vez que o objetivo é ajudar o colaborador a entender como deve se comportar em determinado local ou situação e, consequentemente, prevenir acidentes, o sistema ter uma comunicação clara e direta.
Isso significa indicar a localização de equipamentos de segurança, delimitar áreas de risco, identificar tubulações de produtos químicos, alertar sobre riscos existentes no ambiente, entre outros.
Na prática, a sinalização adequada deve ser aplicada em diversos locais, como, por exemplo:
- Corrimões;
- Parapeitos;
- Pisos;
- Faixas no piso de entrada de elevadores;
- Locais onde há diferença de nível do piso;
- Faixas de circulação;
- Equipamentos de transporte e movimentação;
- Postes e colunas; entre outros.
Inclusive, cabe reforçar que alguns itens que compõem a sinalização em áreas de perigo podem ser utilizados pelos colaboradores. É o caso, por exemplo, dos coletes reflexivos.
Para se adequar à NR 26 e garantir que os colaboradores entendam a importância do uso de EPIs e o significado das cores e placas de sinalização, é importante fazer treinamentos frequentes. Mais do que isso, a empresa deve realizar um trabalho de análise de riscos, evitando-se a utilização de elementos inadequados.
De cones e pedestais a correntes plásticas, fitas zebradas e faixas de pedestres, a utilização de sinalização de segurança é necessária para garantir a saúde e integridade física dos trabalhadores. Mas, também, para evitar multas e sanções por parte de órgãos fiscalizadores.
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