Indústria alimentícia: riscos e EPIs necessários

A indústria alimentícia oferece inúmeros riscos ao trabalhador, fazendo com que o uso de EPIs seja obrigatório.

O Brasil é um dos países com maior número de acidentes de trabalho. De acordo com a Previdência Social, entre 2014 e 2018, foram 1,8 milhões de trabalhadores afastados por causa de acidentes em diversos setores, incluindo a indústria alimentícia.

O setor, aliás, é um dos que mais oferece riscos mecânicos, químicos e biológicos aos funcionários, uma vez que eles estão expostos a produtos in natura, processados ou congelados. Dentre os principais fatores de risco do setor, podemos destacar por exemplo:

  • Ambiente molhado;
  • Objetos cortantes;
  • Excesso de calor;
  • Transporte de carga;
  • Trânsito intenso de pessoas;
  • Manuseio de alimentos in natura, entre outros.

Não a toa, as empresas têm buscado cada vez mais um ambiente de trabalho seguro por meio da criação de condições para que os funcionários desempenhem suas funções sem riscos e acidentes.

Por isso, nos últimos anos a gestão de riscos e o uso de EPIs se tornaram uma realidade em grande parte do setor. Quer saber mais? Continue lendo este artigo e entenda a importância do uso dos equipamentos.

Por que investir em EPIs na indústria alimentícia

Você já parou para pensar que os EPIs têm uma função dupla na indústria alimentícia? Além de garantir a proteção ao trabalhador, eles também protegem o produto durante o manuseio e aumentam a qualidade do produto final.

Isso porque, o profissional lida o tempo todo com alimentos processados, in natura ou congelados, o que aumenta o risco de contaminação por agentes químicos. Além disso, eles estão expostos a queimaduras, cortes, perfurações leves entre outras lesões, que também são comuns em qualquer parte do processo.

É importante notar, ainda, que o uso de EPIs na indústria alimentícia traz outras vantagens para o negócio, que vão muito além da saúde e segurança no ambiente de trabalho. Eles impactam, também, no aumento da produtividade e na redução de custo.

De um modo geral, os alimentos podem ser contaminados de três formas: física, química e biológica. A boa notícia é que todas elas podem ser evitadas com o apoio dos EPIs – e dos treinamentos corretos.

Confira os EPIs obrigatórios na indústria alimentícia

Os acidentes de trabalho são uma realidade cada vez mais frequente em grande parte das empresas, especialmente na indústria alimentícia. A causa mais comum dos problemas é justamente a falta de proteção ou uso irregular dos EPIs.

Pensando nisso, separamos os principais equipamentos que garantem a segurança ao colaborador e, consequentemente, a saúde humana de um modo geral. Afinal, o uso dos EPIs impacta diretamente na qualidade final dos produtos, não é mesmo?

Respiradores

Fundamentais em qualquer parte do processo, os respiradores garantem a proteção das vias respiratórias do colaborador, evitando o contato com poeira ou bactérias. Além disso, eles também funcionam como barreira física entre o nariz e boca e os alimentos.

Protetores auriculares

Outro item indispensável na indústria alimentícia são os protetores auriculares. Isso porque eles ajudam a diminuir a exposição a sons de alta intensidade, geralmente emitidos pelos maquinários pesados utilizados pelo setor, que podem causar surdez com o passar dos anos.

Roupas de proteção térmica

Para evitar possíveis variações de temperatura no ambiente de trabalho, as vestimentas de proteção térmica são essenciais especialmente quando o trabalhador está em contato direto com frigoríficos ou câmaras frias, por exemplo. Isso porque elas ajudam a manter a temperatura corporal.

Mangotes

Assim como as vestimentas de proteção térmica, os mangotes tem a função de proteger o corpo contra materiais cortantes e/ou produtos corrosivos e variações na temperatura. Isto é: são fundamentais em todas as partes do processo.

Além disso, é importante notar que os mangotes são equipamentos complementares. Ou seja, devem ser utilizados com as vestimentas térmicas ou aventais, reforçando a proteção do corpo, mas nunca sozinhos.

Aventais

Fundamentais na limpeza de alimentos e no manuseio em câmaras frias, os aventais ajudam a evitar acidentes com elementos potencialmente perigosos e corrosivos. Isso porque, desenvolvidos em materiais mais grossos, eles protegem completamente o peitoral, o tronco e as coxas.

Óculos de proteção

Como o próprio nome sugere, os óculos tem o propósito de proteger os olhos em operações que envolvem o processamento de alimentos, uma vez que o contato com qualquer detrito minúsculo pode causar cegueira.

Luvas de proteção

Tão fundamentais quanto os outros elementos, as luvas de proteção evitam queimaduras, cortes, contaminação cruzada e possíveis reações alérgicas. Elas também são importantes por uma questão de higiene, evitando que algumas bactérias entrem em contato com o produto.

Botas de borracha

As botas de borracha protegem os pés de possíveis impactos, cortes, contaminações e acidentes.

Importância dos treinamentos na indústria alimentícia

Vale ressaltar que tão importante quanto disponibilizar os EPIs para o desempenho das funções, é preciso ter a certeza da qualidade do equipamento. Ou seja, assim como em qualquer outro negócio, os equipamentos utilizados na indústria alimentícia devem ser duráveis e produzidos com alta qualidade para garantir uma proteção mais eficiente.

Além disso, a preocupação com a utilização correta dos EPIs é legítima. Isso significa que as empresas devem promover treinamentos frequentes aos seus colaboradores. Afinal, quanto mais as pessoas estiverem acostumadas a esses materiais, menor a chance de acidentes.

Ainda nesse sentido, as campanhas de conscientização também se tornam fundamentais para que os EPIs passem a ser parte da cultura da empresa. 

Em suma, a utilização de EPI na indústria alimentícia não só oferece a segurança aos trabalhadores, como também protege os colaboradores de ameaças reais no trabalho e aumenta a qualidade do produto final. Em outras palavras: eles protegem trabalhadores e clientes.

Agora que você já sabe a importância dos EPIs na indústria alimentícia, que tal conhecer um pouco mais sobre o processo de gestão de riscos? Clique aqui e confira nosso artigo “Programa de Gerenciamento de Riscos: o que é PGR?“.

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