EPIs para câmara fria: quais são e qual a importância da proteção contra baixas temperaturas

EPIs para câmara fria

Embora a maioria das pessoas pense que os riscos ocupacionais estão associados apenas à possibilidade de ocorrer acidentes,ambientes com condições extremas de temperatura também exigem a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para garantir a saúde e segurança dos profissionais. A câmara fria, por exemplo, expõe o trabalhador a temperaturas que podem chegar a menos de 0ºC e causar sérios danos ao corpo.

O chamado frio ocupacional pode fazer com que ocorra a diminuição da temperatura interna do corpo. Como consequência disso, podem haver desconfortos, prejuízos ao bem-estar do trabalhador e desenvolvimento de úlceras na pele, cefaleia e diversas outras doenças. Para evitar que isso aconteça, é essencial utilizar EPIs específicos para o trabalho em câmara fria.

O que é a câmara fria e quais os riscos?

A câmara fria é um espaço para armazenagem de produtos que, por conta de suas características, precisam de um controle rígido de temperatura. Os setores alimentício e farmacêutico são os que mais utilizam essas salas refrigeradas, uma vez que a conservação de alimentos perecíveis e de medicamentos sensíveis é feita justamente com auxílio das baixas temperaturas.

Trabalhadores que atuam em açougues, mercados, grandes farmácias, portos, caminhões contêineres, indústrias de laticínios e em áreas específicas de hospitais são alguns que ficam expostos ao frio intenso. Uma vez que, nesse caso, os riscos estão diretamente associados ao tempo de exposição e à sensibilidade do organismo, é obrigatório que o profissional faça algumas pausas ao longo de sua jornada de trabalho.

Quando o corpo humano fica exposto a temperaturas muito baixas, o organismo entra em vasoconstrição e há redução da circulação sanguínea. Uma série de problemas podem surgir como resultado da exposição ao frio, afetando especialmente o sistema respiratório e a pele.

Principais doenças associadas ao trabalho em câmara fria

  • Ulceração: pequenas lesões na pele, que podem gerar alterações na cor, bem como causar dores e até formação de bolhas;
  • Pé de imersão: esta é uma doença que acomete trabalhadores que ficam com os pés expostos a água fria ou locais úmidos, causando estagnação do sangue e consequente paralização dos pés e pernas;
  • Fenômeno de Raynaud: em virtude da diminuição da circulação sanguínea nos dedos, os membros podem ficar azulados e insensíveis, com sensação de dormência;
  • Perniose: ao sofrer congelamento, algumas partes do corpo podem ficar com queimaduras e sensação de dor. O tratamento é complicado e bastante demorado;
  • Hipotermia: esta é uma consequência grave e que pode, eventualmente, levar ao coma ou morte. Trata-se de um estado em que o corpo perde a sensibilidade e a força muscular, levando à redução da capacidade de percepção.

Com o intuito de evitar essas doenças e minimizar as consequências do frio, é essencial respeitar as normas de segurança e adotar medidas para garantir a integridade dos trabalhadores. O uso de Equipamentos de Proteção Individual é um dos principais cuidados obrigatórios, bem como o oferecimento de treinamento adequado para enfrentar ambientes adversos.

Como avaliar as condições de trabalho?

Uma vez que a sensibilidade ao frio pode variar bastante de pessoa para pessoa, são levados em conta três fatores para avaliar se os trabalhadores estão realmente expostos a baixas temperaturas e potencialmente prejudiciais. São eles:

  • Temperatura do ambiente, medida com um termômetro capaz de registrar inclusive valores abaixo de zero;
  • Velocidade do vento;
  • Atividade física, que considera tabelas de gasto
    calórico em cada atividade.

Esses pontos ajudam a determinar o grau de exposição do profissional a temperaturas baixas e as medidas de segurança necessárias. Em suma, quanto menor for a temperatura do local de trabalho, maior deve ser o isolamento térmico proporcionado pelos EPIs para câmara fria.

Adicional de insalubridade

Já que este é um ambiente que deixa o trabalhador em exposição ao frio intenso, considerado um potencial risco à saúde, é fundamental adotar cuidados específicos para garantir a segurança dos profissionais. Quando essas medidas de segurança não são adotadas, portanto, a empresa pode ter problemas judiciais e ter que pagar o adicional de insalubridade a seus funcionários — que corresponde a 20% do salário mínimo, por ser considerada de grau médio.

Por outro lado, quando as práticas de segurança são
atendidas, a atuação em câmara fria não exige o pagamento da compensação.

As principais precauções necessárias são:

  • Fornecimento gratuito de Equipamentos de Proteção Individual adequados;
  • Repouso de 20 minutos a cada uma hora e meia trabalhada.

No caso da exigência de repouso, vale lembrar que a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) determina que este período de pausa de segurança deve ser computado como tempo de trabalho efetivo — e jamais descontado do trabalhador. Esta regra dos intervalos vale igualmente para profissionais que movimentam mercadorias e transitam entre ambientes com temperatura normal e ambientes gelados.

Principais cuidados ao entrar na câmara fria

Antes de entrar em uma câmara fria, é importante fazer uma verificação completa para garantir que todas as precauções sejam seguidas adequadamente. Portanto, uma lista de verificação de pré-entrada pode incluir itens como:

  • Verificar se a temperatura da câmara está dentro dos limites seguros;
  • Verificar a disponibilidade adequada de oxigênio;
  • Garantir que o EPI esteja em boas condições e devidamente ajustado;
  • Verificar a presença de vazamentos ou problemas de segurança;
  • Certificar-se de que todos os procedimentos de emergência estejam claramente compreendidos.

Ao entrar em uma câmara fria, é essencial usar o EPI adequado para garantir a segurança pessoal. Bem como, roupas adequadas e outros equipamentos podem ser necessários, dependendo das especificidades da câmara fria. Máscaras de proteção respiratória, óculos de segurança e capacetes podem ser necessários em certos casos.

 

Ao entrar ou sair de uma câmara fria, é essencial seguir os procedimentos adequados para evitar acidentes. Isso pode incluir coisas como:

– Abrir e fechar as portas da câmara fria com cuidado;

– Evitar correr ou fazer movimentos bruscos dentro da câmara;

– Manter uma postura cuidadosa ao lidar com produtos ou equipamentos dentro da câmara;

– Nunca bloquear as saídas de emergência.

Para garantir a segurança de todos que entram na câmara fria, é essencial fornecer treinamento adequado sobre os procedimentos de segurança. Dessa forma treinamentos sobre o uso correto do EPI, reconhecimento de riscos potenciais, procedimentos de emergência e boas práticas de trabalho em câmaras frias é essencial.

Além de seguir todas as precauções de segurança ao entrar em uma câmara fria, é importante monitorar e manter as condições adequadas dentro do ambiente. Dessa maneira é crucial fazer a verificação regular da temperatura, ventilação adequada e inspeção de equipamentos de segurança, como sistemas de alarme e detecção de vazamentos.

Quais são os EPIs para câmara fria?

Antes de mais nada, vale destacar que é um dever da empesa contratante fornecer gratuitamente todos os Equipamentos de Proteção necessários para garantir um trabalho seguro a seus colaboradores. No caso da câmara fria, a lista dos dispositivos de segurança obrigatórios inclui os seguintes itens:

Uniforme completo para câmara fria

Composto por japona e calça, o Conjunto Térmico Impermeável para Câmara Fria protege não apenas o tronco, como também os membros do usuário de modo a evitar o contato direto com o frio intenso.

Luvas de segurança

As luvas térmicas protegem as mãos do trabalhador contra os efeitos da baixa temperatura, mas deve-se ficar atento para que o dispositivo não comprometa a execução das tarefas manuais.

Capuz de proteção

O capuz térmico para câmara fria é um EPI responsável por proteger a cabeça e o pescoço do profissional e, assim como acontece com as luvas, seu uso não deve atrapalhar a amplitude de visão do usuário.

Bota térmica

A bota em Nylon para baixa temperatura garante a proteção dos pés contra o frio extremo e seu uso deve ser feito sempre em conjunto com meias térmicas específicas para câmara fria para garantir uma proteção completa e eficiente.

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    6 thoughts on “EPIs para câmara fria: quais são e qual a importância da proteção contra baixas temperaturas

    1. Fernando says:

      Gostei do artigo, bastante esclarecedor, porém restou a duvida, devo recomendar luvas termicas a partir de quanto tempo de exposição? Existe alguma referencia técnica ou legal? No caso do trabalhador que permanece apenas 1 minuto no interior da câmara e entra 3 vezes por jornada, além do agasalho devo recomendar a utilização de luvas? Desde já agradeço

      • safetytrab says:

        Olá Fernando, tudo bem? Agradecemos pelo seu feedback, isso é muito importante para nós. Em relação as suas dúvidas: Não existe um tempo especifico ou pré-determinado para recomendação de uso das luvas térmicas, o ponto chave aqui realmente é a temperatura. Mesmo, se um colaborador permanecer em um ambiente de câmera fria por um curto período é recomendado que ele utilize todos os itens para proteção térmica, como agasalhos e luvas. Se tiver mais dúvidas ou demandas, não hesite em nos procurar. Estamos à disposição.

    2. Rodolfo says:

      Olá Gostei do artigo, porem surgiu uma duvida e a proteção respiratória, a ausência desta proteção não causa doenças que podem prejudicar a saúde do trabalhador e esta falta de proteção não torna o ambiente insalubre.

      • safetytrab says:

        Rodolfo, muito bacana e importante o seu questionamento. Vamos lá, segundo a NR-6 (Norma regulamentadora), os colaboradores de uma organização que trabalham em câmara fria devem, de forma obrigatória, utilizar EPIs para proteção térmica.

        Com o uso da Japona, Capuz, Calça, Meião e Bota térmica, o usuário já está protegendo e preservando sua saúde contra riscos, como por exemplo, a hipotermia (queda significativa e potencialmente perigosa na temperatura do corpo, causada pela exposição prolongada ao frio).

        Portanto, somente com a utilização destas vestimentas o colaborador já pode exercer suas atividades, de forma segura, sem colocar em risco sua saúde.

        Logo, o uso da máscara não é obrigatório mas sim indicado em atividades de câmara fria que existam odores fortes frequentes, como por exemplo, no açougue.

        Esperamos ter sanado sua dúvida, nos colocamos sempre a disposição!

    3. Angelo Quequeto says:

      Boa tarde,
      Colaborador que vai trabalhar 8h em camera de 0 á 10 graus, precisa usar quais epis ? Existe alguma referencia onde eu possa encontrar detalhes ?

      • safetytrab says:

        Olá Angelo, tudo bem?

        Para um colaborador que vai trabalhar em uma câmara fria é essencial o uso de vestimentas térmicas como Japona térmica, Calça térmica, Luva de nylon, Meião e Bota térmica. Esses EPIs são indispensáveis para garantir a segurança e o conforto do trabalhador em ambientes com baixas temperaturas.

        No entanto, é importante ressaltar que cada ambiente de trabalho possui suas especificidades, e o ideal é sempre consultar o técnico de segurança do trabalho para garantir o uso correto dos EPIs e adotar medidas adicionais de proteção, se necessário.

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