É chamado de EPI conjugado todo Equipamento de Proteção Individual que possui capacidade de prevenir mais de um risco simultaneamente. É o caso, por exemplo, de um capacete de segurança com protetores auriculares embutidos. A utilização conjunta de dois dispositivos também pode se enquadrar nesta classificação, desde que o fabricante responsável pela confecção do EPI tenha previsto antecipadamente esta possibilidade.
Isso significa, portanto, que simplesmente usar dois dispositivos de proteção ao mesmo tempo não se caracteriza como EPI conjugado. Primeiramente, é preciso que exista um risco que não pode ser minimizado com apenas um equipamento, ou seja: a combinação dos dois é que garantirá a proteção necessária.
Além disso, somente um fabricante responsável pode apontar os EPIs que foram feitos para ser usados juntos. Esta é uma determinação que está de acordo com a Norma Regulamentadora de número 6 (NR 6) do ministério do trabalho, e visa justamente garantir a qualidade dos dispositivos e o correto uso dos EPIs conjugados.
EPIs conjugados: para que servem?
Os EPIs conjugados são dispositivos de segurança de uso individual e, como tal, são destinados a proteger os usuários de riscos associados à sua atividade laboral, evitando assim a ocorrência de acidentes de trabalho e minimizando suas consequências. O uso desses equipamentos é essencial para preservar a saúde e integridade física dos trabalhadores que são expostos a diferentes tipos de risco ao mesmo tempo.
Em síntese, os EPIs conjugados são necessários em situações que incluem:
- Exposição a substâncias químicas nocivas;
- Presença de radiação;
- Depósito e manuseio de combustíveis;
- Pressão anormal no ambiente de trabalho;
- Exposição a ruídos;
- Vibrações e/ou trepidações;
- Obras da construção civil, bem como reparos e demolições;
- Escavações, mineração e construção de túneis.
Quais profissões precisam usar EPIs conjugados?
As principais profissões que utilizam os EPIs conjugados, portanto, são justamente as que atuam nos cenários listados acima, por exemplo: trabalhadores da construção civil, mineradores, carpinteiros, escavadores, entre outros. Para saber se há a necessidade de determinado profissional utilizar os dispositivos de proteção é necessário, antes de mais nada, fazer uma análise de riscos detalhada.
Vale lembrar que identificar os riscos ocupacionais e apontar os equipamentos necessários para minimizar suas consequências são ações que fazem parte dos protocolos da Segurança do Trabalho, assim como definir se é preciso — ou não — dispor de EPIs conjugados para conferir proteção aos trabalhadores. O papel das empresas vai muito além de fornecer os dispositivos de segurança, e deve se basear em três ações básicas:
- Identificar riscos e EPIs adequados para evitá-los;
- Oferecer treinamento para correta utilização dos EPIs;
- Conscientizar os colaboradores a respeito da importância de usar os equipamentos e zelar pela segurança.
Classificação dos EPI conjugado
Os Equipamentos de Proteção Individual de uso conjugado são divididos de acordo com a parte do corpo que eles protegem. Portanto, a classificação dos EPIs conjugados é a seguinte:
- Dispositivos para proteção do corpo inteiro;
- EPIs para proteção dos membros superiores e/ou inferiores;
- EPIs para proteção da cabeça;
- Equipamentos para proteção contra quedas e trabalho em altura;
- EPIs para proteção auditiva;
- Proteção do tronco;
- EPIs para proteção respiratória.
Podem ser citados como exemplos de EPI conjugado:
- Capacete com protetor facial;
- Máscara de proteção com respirador;
- Capacete com máscara de solda;
- Cinturão de segurança com dispositivo trava-queda;
- Capacete com máscara de solda;
- Cinto de segurança com talabarte;
- Capacete com óculos de proteção.
Manutenção do EPI conjugado
Assim como qualquer outro tipo de Equipamento de Proteção Individual, os EPIs conjugados precisam ser higienizados e receber cuidados referentes à conservação e manutenção. Esta atenção é importante para garantir maior durabilidade ao dispositivo e conservar sua capacidade protetora.
Em resumo, os principais cuidados dizem respeito à correta manipulação e uso do EPI, bem como verificação diária de seu estado geral. Sempre que o dispositivo apresentar avarias estruturais, sinais de desgaste ou qualquer tipo de inconformidade, é recomendada sua substituição.
Vale lembrar que, embora a conservação e utilização adequadas sejam responsabilidade do trabalhador, o fornecimento gratuito dos equipamentos é um dever da empresa – que também precisa oferecer treinamento adequado para que os profissionais saibam como proceder diante situações emergências e se prevenir de acidentes e riscos.
Cuidados específicos para EPI conjugado
Embora os Equipamentos de Proteção Individual conjugados demandem praticamente os mesmos cuidados de todos os outros tipos de dispositivo de proteção, vale a pena destacar alguns aspectos que exigem atenção especial. São eles:
- Capacete com protetores auriculares tipo concha não podem ser molhados, uma vez que a espuma do EPI pode acabar danificada e ter sua capacidade de proteção reduzida;
- Ferramentas, especialmente as de corte, não devem ser guardadas junto com os Equipamentos. Isso porque o contato entre eles pode riscar e causar outros danos à estrutura do EPI;
- Os EPIs, conjugados ou não, devem ser armazenados em local seco e protegido da exposição solar;
- Para evitar contaminações e garantir um melhor controle da integridade dos equipamentos, é essencial que eles jamais sejam compartilhados. Como o próprio nome sugere, os EPIs são de uso individual.
Certificado de Aprovação para EPI conjugado
O Certificado de Aprovação (CA) é obrigatório para todos os dispositivos destinados à segurança do trabalhador. Este documento é expedido pelo Ministério do Trabalho e atesta qualidade e funcionalidade do EPI, permitindo assim que ele seja comercializado e utilizado em território nacional.
Para receber a certificação, o EPI passa por testes específicos e que verificam sua capacidade protetora, assim como sua durabilidade, praticidade e conforto ao usuário.
Os EPIs conjugados não fogem a esta regra, e certamente também precisam do Certificado de Aprovação para comprovar sua eficiência como dispositivo de proteção. Este documento é essencial não apenas para que o dispositivo esteja de acordo com a legislação, mas para que todos tenham a certeza de que os riscos profissionais estão realmente sob controle por parte dos trabalhadores e das empresas.
Antes de adquirir ou utilizar um equipamento, portanto, sempre faça a consulta do CA do EPI.
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