O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) tem se destacado como uma das principais ações com o propósito de prevenir contra o novo coronavírus, cuja principal forma de contágio é pelo ar. A máscara de proteção respiratória é o EPI mais indicado para bloquear as partículas e gotículas, impedindo assim a contaminação do usuário por vias respiratórias e, por isso, sua utilização tem sido recomendada por diversos órgãos reguladores.
Embora inicialmente recomendada apenas para profissionais da área da saúde e pacientes que apresentam sintomas de contaminação, a máscara respiratória tem sido declarada como item obrigatório em diversas cidades brasileiras. Isso acontece em virtude de registros que mostram o avanço do número de contaminações no País, que já registra mortes em todos os estados e apresenta uma crescente demanda dos recursos do sistema de saúde.
Esta tendência à obrigatoriedade do EPI representa uma mudança significativa nas orientações desde que a pandemia teve início, em dezembro de 2019. Isso porque nos primeiros meses de contágio, a maioria dos países e até mesmo a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmavam que o uso das máscaras por pessoas saudáveis não era eficaz, mas agora muitos governantes e entidades tem recomendado a proteção do rosto para todos os cidadãos.
De acordo com muitos especialistas, esta recomendação inicial tinha a intenção de impedir que as pessoas saíssem todas em busca do EPI, esgotando os estoques e deixando os profissionais de saúde sem acesso ao dispositivo. Agora, entretanto, a recomendação e até mesmo a obrigatoriedade de uso das máscaras de proteção respiratória estão sendo gradativamente adotadas pelos países e pelas cidades brasileiras.
O que é o novo coronavírus?
O nome coronavírus diz respeito a uma família de vírus com perfil microscópico em forma de coroa e que causa diversos tipos de infecções respiratórias. Este grupo de agentes foi isolado pela primeira vez na história em 1937, e a maioria das pessoas é exposta a diversos tipos de coronavírus ao longo de sua vida, embora nem sempre apresentem algum sinal de doença ou dano à sua capacidade respiratória.
O novo coronavírus que tem causado tanto transtorno ao redor do mundo foi descoberto no final de 2019, na China, sendo identificado como Sars-Cov-19. A doença respiratória causada por este agente recebeu o nome de Covid-19, e é caracterizada por uma síndrome respiratória aguda que pode se tornar bastante grave e trazer um grande impacto para a saúde pública.
Uma das principais preocupações relacionadas à Covid-19 diz respeito à sua elevada taxa de transmissão. Além disso, ainda não há uma cura e nem um tratamento medicamentoso específicos para a doença, o que torna o tratamento bastante complicado e as complicações bastante inesperadas. Por enquanto, o que tem sido feito nos casos positivos da doença é acompanhamento dos parâmetros de saúde e controle dos sintomas.
A transmissão ocorre principalmente pelo ar ou pelo contato direto com secreções contaminadas, o que requer bastante cuidado com superfícies ou objetos que possam conter gotículas de saliva, de espirro, de tosse ou catarros. Também é recomendada atenção ao lidar com pessoas que podem estar doentes e, por isso, uma das medidas de prevenção mais eficientes e seguras é o isolamento social.
Qual a importância das máscaras respiratórias?
Por causa de como ocorre a transmissão do novo coronavírus e dos diversos estudos apontando que a maior parte das infecções partiu de pessoas assintomáticas, as máscaras de proteção se destacam como o principal EPI capaz de impedir a propagação da doença. Isso acontece porque o dispositivo funciona como uma barreira física que, ao mesmo tempo que impede a entrada de gotículas e partículas contaminantes, também evita que elas se espalhem caso o usuário esteja com o vírus sem saber.
Vale lembrar, entretanto, que é essencial que as máscaras sejam usadas de maneira correta, o que inclui cuidados específicos como:
- Sempre lavar as mãos com água e sabão antes de colocar a máscara no rosto;
- Não tocar na parte do tecido que ficará em contato com a face;
- No caso dos dispositivos descartáveis, não ultrapassar 2 horas de uso;
- Após posicionar corretamente a máscara, não ficar tocando o rosto a todo momento para ajeitar o dispositivo;
- Não reutilizar máscaras descartáveis e, no caso dos modelos de pano, sempre higienizar adequadamente o EPI entre um uso e outro.
Onde as máscaras são consideradas obrigatórias no Brasil?
Em São Paulo e Manaus, os prefeitos publicaram decretos apenas recomendando o uso das máscaras. Em Campinas (SP), entretanto, o uso do equipamento de proteção é obrigatório em locais específicos, como os chamados serviços essenciais (saúde, abastecimento e alimentação), enquanto em Guarulhos (também no estado de São Paulo) a obrigatoriedade vale ainda para idosos que precisam frequentar esses serviços considerados essenciais.
Em Curitiba, por outro lado, o uso da máscara de proteção respiratória é obrigatório em todos os espaços públicos, comerciais e de uso coletivo desde o dia 16 de abril. A mesma obrigatoriedade passará a valer igualmente no Rio de Janeiro em 23 de abril, e uma multa está sendo estudada para quem deixar de cumprir a norma.
Diversas outras cidades brasileiras já determinaram a obrigatoriedade do uso de máscara respiratória, enquanto muitas outras pelo menos recomendam o uso delas. Por enquanto, considerando o dia 19 de abril, as cidades que determinaram a necessidade das máscaras de proteção facial são:
- Manaus (AM) — recomendação;
- São Paulo (SP) — recomendação;
- Guarulhos (SP);
- Campinas (SP);
- Guaratinguetá (SP);
- Praia Grande (SP);
- Porto Feliz (SP);
- Tremembé (SP);
- São José do Rio Pardo (SP);
- Macaé (RJ);
- Belo Horizonte (MG);
- Betim (MG);
- Fortaleza de Minas (MG);
- Santa Luzia (MG);
- Pedro Leopoldo (MG);
- Lagoa Santa (MG);
- Contagem (MG);
- Nova Lima (MG);
- Curitiba (PR);
- Foz do Iguacu (PR);
- Londrina (PR);
- Paranaguá (PR);
- Jardim Alegre (PR);
- Campo Largo (PR);
- Salvador (BA)
- Vitória da Conquista (BA);
- Campo Grande (MS);
- Caxias do Sul (RS);
- Santa Maria (RS) — recomendação;
- Uruguaiana (RS);
- Ivoti (RS);
- Santana do Livramento (RS);
- Erechim (RS) — recomendação;
- São Sepé (RS);
- Farroupilha (RS);
- Florianópolis (SC);
- Balneário Camburiú (SC);
- Blumenau (SC);
- Tubarão (SC);
- Jaraguá do Sul (SC);
- Todas as cidades do Mato Grosso.
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