Quem lida diariamente com segurança do trabalho certamente já ouviu falar na NR-26, uma das principais – mais importantes – normas regulamentadoras do mercado. Publicada pela primeira vez em 1978, a norma estabelece parâmetros e regras para sinalizações de informações dentro de uma empresa, garantindo a segurança dos trabalhadores.
E embora, a grosso modo, não receba a alcunha de Lei, a NR-26, assim como outras similares, funciona em conjunto com as leis trabalhistas.
Ou seja, a norma prevê procedimentos que as empresas, privadas ou públicas, devem seguir em sua rotina. Dessa forma, é possível assegurar melhores condições de trabalho para os colaboradores.
Por dentro da NR-26: entenda
Todos os dias milhares de trabalhadores são expostos a riscos que podem prejudicar sua integridade física, saúde e bem-estar. Na indústria, por exemplo, não são raros os casos de acidentes com queda ou queimaduras por agentes químicos.
E entender, identificar e visualizar facilmente os riscos presentes no ambiente de trabalho é fundamental para evitar esses e outros incidentes. E é justamente isso que prevê a NR-26, criada com o intuito de alcançar todas as etapas e processos dentro de uma empresa.
A norma visa alertar para a necessidade de prevenção de acidentes, por meio da sinalização de segurança do trabalho, com placas separadas por cores, que indicam os riscos à saúde. Geralmente, elas são acompanhadas de símbolos que ajudam a delimitar o espaço de forma inteligente.
Mas, mais do que transmitir informações de fácil compreensão, reduzindo os erros de interpretação e riscos, a NR-26 garante uma comunicação em massa e assertiva para todo o mercado – ou seja, todo mundo utiliza e se apoia nas mesmas regras e sinais, o que garante a melhoria dos processos.
Como usar a sinalização de segurança?
A NR-26 estabelece regras específicas e prevê o uso de cores para:
- Identificar os equipamentos de segurança;
- Delimitar áreas de perigo;
- Identificar tubulações de condução de líquidos e gases; e
- Advertir contra riscos.
No entanto, é importante que as placas sejam sempre posicionadas estrategicamente. Assim, é possível evitar distrações ou confusões dos trabalhadores.
Nesse sentido, é importante também entender a classificação das cores e a sinalização nos locais de trabalho. A NR-26 indica, por exemplo, que:
- Vermelho é a cor empregada para identificar equipamentos de proteção e combate a incêndio, bem como sua localização – extintores ou portas de saída de emergência, por exemplo. O tom também é utilizado em sinais de parada obrigatória, bem como nas luzes de sinalização.
- Laranja é a cor empregada para indicar “perigo”, utilizada em partes móveis e perigosas de máquinas e equipamentos; proteções internas de caixas de dispositivos elétricos que possam ser abertas; e equipamentos de salvamento aquático, como bóias circulares, coletes salva-vidas, flutuadores salva-vidas e similares.
- Amarelo é a cor usada para indicar “cuidado!”.
- Verde é a cor usada para caracterizar “segurança”, sendo empregada em emblemas de segurança, caixas de equipamentos de primeiros socorros ou locais de armazenamento de EPIs. Ela também é comumente encontrada em faixas de delimitação de áreas seguras quanto a riscos mecânicos ou faixas de delimitação de áreas de convivência.
- Azul é a cor empregada para indicar uma ação obrigatória, como, por exemplo, o uso de EPI.
- Púrpura é a cor usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares.
- Branco é a cor empregada em faixas de pedestre, setas de sinalização e circulação, coletores de resíduos, entre outros.
- Preto é a cor empregada para identificar coletores de resíduos, exceto os de origem de serviços de saúde.
Cuidados e importância da NR-26
A NR-26 desempenha um papel primordial na manutenção de um ambiente saudável e seguro para os funcionários. Mas a sinalização de segurança não faz – e nem deve fazer – todo o trabalho sozinha.
Ou seja, as empresas devem treinar seus funcionários para que haja conhecimento quanto aos riscos e medidas em sua rotina de trabalho e, principalmente, explicar a classificação dos mesmos. É essencial que o trabalhador tenha compreensão sobre rotulagem preventiva, ficha de perigos, precauções e, claro, o procedimento em situações de emergência.
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