A área de manutenção industrial é um dos pilares do chão de fábrica. Com profissionais que atuam no reparo de máquinas, equipamentos e processos, de forma preventiva, preditiva e corretiva, o setor é responsável por garantir máxima produtividade.
Mas, se por um lado a área contribui com os resultados da empresa, por outro, o conjunto de ações vem acompanhado de desafios. Afinal, o ambiente industrial, sabemos, pode ser perigoso quando não são aplicadas corretamente as medidas de prevenção à acidentes. Isso inclui o uso de EPIs, EPCs e muitos mais.
Não à toa, as atividades de manutenção industrial são regulamentadas por diferentes NRs, obrigatórias para todas as indústrias brasileiras, inclusive. Entenda mais adiante.
4 principais NRs para manutenção industrial
Com o objetivo de preservar e promover a integridade física dos trabalhadores, as normas ajudam a instruir empregados e empregadores, prevenindo acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais.
Criadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as NR consistem em uma série de procedimentos técnicos que têm como objetivo a segurança no trabalho. Atualmente, aliás, estão disponível 36 normas, que visam a promoção da saúde e segurança laboral. Do total, quatro são consideradas as mais importantes para os serviços de manutenção industrial. São elas:
NR 11
A norma se destina a todas atividades que envolvem transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais. O texto estabelece, por exemplo, os requisitos mínimos de segurança para operação dos equipamentos, como elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. Dessa forma, é possível capacitar o trabalhador para manuseá-los corretamente.
É importante notar, no entanto, que cada equipamento exige um treinamento específico, para que o profissional conheça e aprenda as especificidades e esteja apto a desempenhar as atividades.
NR 18
O documento estabelece uma série de diretrizes relacionadas à administração, planejamento e segurança das condições de trabalho na área da indústria e construção. Ou seja, as normas visam garantir melhores condições de trabalho, por meio de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança.
NR 33
Outra norma importante é a NR 33 que se destina a todos os trabalhadores que desempenham atividades em um espaço confinado. Na prática, considera-se qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
Nesse sentido, o texto prevê que as empresas adotem boas práticas para garantir que o profissional esteja apto a realizar sua função com segurança – isso inclui a adaptação neste tipo de ambiente e uso de EPIs corretamente. São exemplos de espaço confinado:
- Tubulações;
- Galerias de rede de esgoto subterrâneas;
- Fosso de elevador;
- Reator e muito mais.
NR 35
Por fim, mas não menos importante, a NR 35 estabelece os requisitos mínimos de proteção para o trabalho em altura. Do planejamento à análise de risco e execução, a norma prevê que todos os profissionais que trabalham em alturas que ultrapassam dois metros do chão devem passar por treinamento – isso inclui operadores e supervisores, ainda que possam realizar o trabalho de forma esporádica.
Por que investir em boas práticas na área de manutenção industrial?
Seja na área de manutenção industrial ou em qualquer outro departamento, as normas regulamentadoras desempenham um papel importante para a conservação da saúde, segurança e integridade física dos profissionais.
Dessa forma, qualquer empresa pública ou privada, de pequeno, médio e grande porte, órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário que contratem funcionários sob suporte da CLT, devem cumprir o que é estabelecido pelas NRs.
Isso significa que o não cumprimento pode acarretar ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente – multas e sanções administrativas, por exemplo.
Do mesmo modo, ao valorizar a segurança e saúde no ambiente de trabalho, as empresas estabelecem uma relação de confiança com os trabalhadores e com o mercado em si, que busca cada vez mais fornecedores e parceiros que demonstram esse tipo de preocupação.
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